Quiet Quitting: o que é esse fenômeno mundial que desafia o ambiente corporativo

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Quiet Quitting: o que é esse fenômeno mundial que desafia o ambiente corporativo

Se você está por dentro dos assuntos corporativos que ficaram em alta ao longo dos últimos meses, já deve ter ouvido falar da tendência de Quiet Quitting.

Esse fenômeno de escala global tem repercutido nas redes sociais e vem basicamente na contramão dos profissionais que chamamos de workaholics, que pregam pela valorização exacerbada da vida profissional, em detrimento da social.

Porém, enquanto pregam pelo balanceamento mais justo dessa escala, os adeptos do Quiet Quitting não apenas prejudicam o seu próprio desenvolvimento profissional, como também impõem desafios os gestores em suas empresas.

Quer entender mais sobre esse assunto e descobrir quais as melhores maneiras para abordar trabalhadores nessa situação? Então, este artigo é para você.

O que é Quiet Quitting?

Quiet Quitting, em uma tradução literal, poderia ser chamado de “desistência silenciosa” ou “demissão silenciosa”. Entretanto, ele não se refere exatamente a indivíduos que estão descontentes com seu trabalho e querem demissão. Muito pelo contrário. 

O Quiet Quitting consiste em fazer apenas o que é estritamente necessário para não ser demitido, seguindo à risca seu contrato, sem mais e nem menos.

Em um ambiente empresarial em que muitos “vivem para trabalhar”, fazendo longas horas extras e lidando com cargas de trabalho estressantes, não é difícil entender o apelo dessa proposta, especialmente entre os mais jovens.

Inclusive, esse é o público que ajudou a cunhar o termo Quiet Quitting, através de vídeos postados na plataforma TikTok.

Um movimento das redes sociais

Podemos traçar o movimento do Quiet Quitting e de seus preceitos a um jovem engenheiro de 24 anos, Zaid Khan, que começou a utilizar da sua conta no TikTok para explicar o seu conceito.

Assim, sua recusa a fazer horas extras ou entrar em um ritmo acelerado de produção ressoou com diversos outros usuários. Hoje, não é difícil encontrar milhares de publicações nas redes que defendem a manutenção dessa “operação padrão” inicialmente defendida por Khan. Nos últimos meses, entretanto, o debate em torno do Quiet Quitting migrou para o ambiente empresarial, sendo pauta de diversos artigos na Forbes questionando se essa seria mesmo a abordagem correta para mudar a cultura de empresas.

Por que fazer apenas o necessário prejudica sua carreira

Por mais que o outro lado do espectro – permeado por síndromes de burnout e uma vida social reduzida – não seja ideal para nenhum trabalhador, o Quiet Quitting também pode não ser a melhor saída e iremos explicar o porquê.

Primeiro, precisamos lembrar qual é uma das principais funções do RH em uma empresa: desenhar ferramentas que irão permitir que seus profissionais se desenvolvam e se mantenham motivados para enfrentar os desafios comuns a qualquer negócio.

É essa dinâmica de progressão que faz com que a empresa alcance suas metas e, não obstante, com que o indivíduo se desenvolva como profissional e se mantenha realizado em sua função.

Por isso, se manter na posição do Quiet Quitting é permanecer estagnado, sem esperar por promoções, aumentos ou bônus pelo reconhecimento do trabalho de destaque. 

Essa falta de propósito no meio empresarial não é saudável e, por mais que de início possa parecer uma forma de equilíbrio entre a vida profissional e a social, o Quiet Quitting pode estar, na verdade, adulterando a balança.

Os desafios do Quiet Quitting para os líderes de empresas

Uma coisa é fato: a gestão de uma empresa sempre irá almejar metas ambiciosas de crescimento e desenvolvimento. A busca pela expansão é algo natural.

Entretanto, o que move um negócio para frente é a sua equipe de funcionários, que entregam o seu melhor para cumprir os desafios que a empresa assume.

Por isso, quando os profissionais se encontram desmotivados e fazendo o mínimo possível, isso representa um problema – e os primeiros que podem contribuir para reverter a situação são os líderes.

Quais as iniciativas que devem partir da liderança?

Qual deve ser o posicionamento de um líder frente ao Quiet Quitting? Como atrair e reter talentos em suas equipes, certificando-se que eles continuam engajados e produtivos?

Bom, fazer este tipo de questionamento, disposto a fortalecer sua gestão para enfrentar esse desafio, já é um ótimo sinal. 

Afinal, o Quiet Quitting é impulsionado pela cultura tóxica de liderança, que exige uma carga de trabalho intensa e trata outros profissionais como inferiores ou, até mesmo, descartáveis.

Estar preocupado com o bem-estar da sua equipe e buscar pelos aprendizados que alinhem a produtividade com o reconhecimento dos esforços de cada profissional são características fundamentais de um bom líder.

Para isso, existem algumas alternativas proativas para superar o Quiet Quitting no ambiente de trabalho, como por exemplo:

Converse com os colaboradores

Profissionais em cargos executivos precisam dedicar parte do seu tempo para conversar com seus funcionários e compreender com mais clareza o ambiente do escritório ou da área operacional em que estão inseridos. Os Líderes precisam investigar quais são as possíveis causas da desmotivação com o trabalho em meio à equipe?

Assim, através do monitoramento dos níveis de stress e da vivência profissional de cada empregado, é possível descobrir a raiz dos problemas de performance, seja devido a uma sobrecarga de trabalho ou ao Quiet Quitting.

Entenda as necessidades dos colaboradores

Um dos principais motivos que faz com que o colaborador adote o Quiet Quitting como alternativa é para protestar contra o seu gestor, uma vez que se sente pouco apreciado ou sobrecarregado com o trabalho.

Por isso, a melhor atitude de um líder nesses casos é proporcionar momentos em que há uma escuta ativa dos funcionários. 

Através desse tipo de relacionamento, que busca por soluções que realmente minimizem problemas e deem suporte às necessidades, há uma maior chance da manutenção da lealdade do colaborador para com a empresa.

Reconheça os esforços dos colaboradores

Geralmente, os trabalhadores de uma equipe começam a perder o interesse e a motivação em seu trabalho devido a falta de reconhecimento.

Na posição de líder, nem sempre é fácil monitorar um grande time. Porém, é preciso se dedicar a reconhecer a contribuição de cada empregado, mesmo que isso seja reservado a ambientes como reuniões e feedbacks de projetos ou de trabalhos realizadas.

Quando um trabalhador estiver entregando mais do que o esperado, reconheça seus esforços e evidencie como ele está ativamente contribuindo para o sucesso da companhia.

Seja mentor em sua liderança

Outro fator que leva ao Quiet Quitting é quando o trabalhador muda de carreira ou entra em uma nova função com a qual ele ainda não está bem familiarizado. Casos desse tipo podem fazer com que o indivíduo se sinta ansioso e sobrecarregado, sem a instrução adequada.

Por isso, um bom líder irá tirar esse tempo para providenciar uma mentoria adequada, dando dicas para que o funcionário consiga balancear o seu tempo de forma saudável e desempenhar sua função com uma perspectiva confiante.

Certificar-se de que os membros do time estão satisfeitos em suas posições e, caso não estejam, trabalhar para entender o problema é uma iniciativa que o gestor pode tomar a fim de fortalecer sua liderança e a empresa como um todo.

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