Ultimamente, muito tem se falado em Comunicação Não Violenta (CNV). Mas você sabe qual é o significado que está por trás desse conceito?
Como o próprio nome indica, a Comunicação Não Violenta é uma maneira de expressão que prioriza o fortalecimento de vínculos e laços.
Segundo Marshall Rosenberg a Comunicação Não Violenta (CNV) nos ajuda a reformular a maneira pela qual nos expressamos e ouvimos os outros. Nossas palavras, em vez de serem reações repetitivas e automáticas, tornam-se respostas conscientes, firmemente baseadas na consciência do que estamos percebendo, sentindo e desejando. Somos levados a nos expressar com honestidade e clareza, ao mesmo tempo que damos aos outros uma atenção respeitosa e empática.
Já a comunicação violenta, resulta muitas vezes, de imposições de uma cultura dominante, que propicia a batalha pelo poder e pela competitividade. Nesse contexto, ao serem instigadas por uma fala violenta, o mais comum é que as pessoas reajam de um jeito negativo, tentando se defender. Uma verdadeira bola de neve onde todos saem feridos.
A Comunicação Não Violenta fomenta a consciência de cada um para entender o que nos faz assumir a responsabilidade por nossas reações. Além disso, ajuda a aprofundar a conexão com os outros.
Afinal, quando nos concentramos nas nossas necessidades, sem interpretar, criticar ou julgar, a vida fica mais leve, esse movimento evita conflitos.
- Quando surgiu a Comunicação Não Violenta
- 4 Princípios da Comunicação Não Violenta
- A Comunicação Não Violenta no ambiente corporativo
- Benefícios para a empresa e colaboradores
Quando surgiu a Comunicação Não Violenta?
O conceito da Comunicação Não Violenta foi desenvolvido tendo como base pesquisas e experiências do psicólogo Marshall Rosenberg, na década de 1960. Idealizador da CNV, Rosenberg vivenciou os benefícios de investir em uma comunicação mais empática. Aquela que o interlocutor se coloca no lugar do ouvinte e vice-versa.
O trabalho do pesquisador ganhou maior relevância ao tornar escolas norte-americanas receptivas a brancos e negros. A Comunicação Não Violenta ajudou, naquele momento, a combater o preconceito relativo à cor da pele.
O psicólogo atuava como orientador educacional em instituições de ensino que buscavam eliminar a segregação racial. Fica claro que o papel de Rosenberg, durante essa transição turbulenta, era justamente ensinar mediações e técnicas de comunicação.
Anos mais tarde, a Comunicação Não Violenta rompeu as fronteiras dos Estados Unidos e chegou a diversos países. A partir daí, o conceito foi inserido em questões relativas à educação, segurança, gestão pública e comunicação interna no âmbito corporativo. Essa comunicação mais humana também está presente em tratamentos de saúde.
De acordo com Rosenberg, a Comunicação Não Violenta é um conjunto de habilidades de linguagem e comunicação. O objetivo é fortalecer a capacidade de continuarmos humanos mesmo em situações de conflito.
O poder da linguagem e das palavras
A força da linguagem e das palavras, bem como os seus impactos nas emoções humanas auxiliaram o psicólogo Rosenberg a estabelecer os 4 princípios da Comunicação Não Violenta. Confira:
1 . Observação
O primeiro princípio da CNV acarreta necessariamente separar observação de avaliação. Precisamos observar claramente, sem acrescentar nenhuma avaliação do que vemos, ouvimos ou tocamos.
As observações constituem um elemento importante da CNV, quando desejamos expressar clara e honestamente a outra pessoa como estamos. No entanto, ao combinarmos a observação com a avaliação, diminuímos a probabilidade de que os outros ouçam a mensagem que desejamos lhes transmitir. Em vez disso, é provável que eles a escutem como crítica e, assim, resistam ao que dizemos.
2 . Sentimento
Depois desse exercício de observação, é preciso avaliar como os sentimentos estão aflorando. O que está sendo dito está nos deixando com a sensação de alegria, injustiça ou mágoa?
O psicanalista Rollo May afirma que a pessoa madura se torna capaz de diferenciar sentimentos em muitas nuances: algumas experiências são fortes e apaixonadas, ao passo que outras são delicadas e sensíveis, tal qual os diferentes trechos de uma sinfonia. Entretanto, para muitos de nós, os sentimentos são, nas palavras de May, “limitados como as notas de um toque de clarim”.
3. Necessidade
No terceiro princípio da CNV reconhecemos a raiz de nossos sentimentos. A CNV aumenta nossa consciência de que o que os outros dizem e fazem pode ser o estímulo, mas nunca a causa dos nossos sentimentos. Com ela, vemos que nossos sentimentos resultam de como escolhemos receber o que os outros dizem e fazem, bem como de nossas necessidades e expectativas específicas naquele momento. Com esse terceiro princípio, somos levados a aceitar a responsabilidade pelo que fazemos para gerar nossos próprios sentimentos.
4. Pedido
Como podemos expressar nossos pedidos de modo que os outros estejam mais dispostos a responder compassivamente as nossas necessidades?
O quarto e último princípio desse processo aborda a questão do que gostaríamos de pedir aos outros para enriquecer nossa vida. Quando nossas necessidades não estão sendo atendidas, depois de expressarmos o que estamos observando, sentindo e precisando, fazemos então um pedido específico: pedimos que sejam feitas ações que possam satisfazer nossas necessidades.
É claro que há indivíduos que seguem esses fundamentos de forma natural, sem pensar mecanicamente no passo a passo. Para quem não consegue fazer isso naturalmente, o ideal é criar um fluxo mental que possa incluir os princípios. Isso faz com que se expresse solidariedade a quem fala e se mostre também disposição para ouvir.
No entanto, cabe enfatizar que a Comunicação Não Violenta não corresponde a uma fórmula pronta. Ela se adapta a diferentes situações e estilos de vida de cada um. Para se ter uma ideia, é possível atravessar todos os quatro pilares sem falar nada.
É que a essência da Comunicação Não Violenta está em nossa consciência sobre esses conceitos. E para isso, não há necessariamente que haja troca de palavras.
A Comunicação Não Violenta no ambiente corporativo
O primeiro segredo é contar com uma cultura organizacional que priorize a empatia, um dos pilares da Comunicação Não Violenta. Isso faz com que os colaboradores que não se encaixem nesse preceito e se utilizem de uma comunicação agressiva possam ser alertados para o problema, e possam corrigir.
A disseminação do conceito entre os colaboradores é outro aspecto decisivo para que a Comunicação Não Violenta faça, de fato, parte do dia a dia da empresa. A transmissão dessa mensagem deve ser feita diariamente, em reuniões, palestras, encontros, dinâmicas de grupo e oportunidades de feedback.
O propósito é conscientizar a todos do quanto é imprescindível praticar a Comunicação Não Violenta.
Benefícios para a empresa e colaboradores
- Aumento da produtividade;
- Diminuição do nível de estresse;
- Redução significativa de faltas e atrasos ao trabalho;
- Solução mais rápida e eficiente dos conflitos
- Satisfação dos colaboradores (employee experience);
- Melhores resultados.
A prática da Comunicação Não Violentanão elimina por completo as divergências no ambiente de trabalho. Torna sim bem mais fácil solucioná-las e de maneira mais eficaz.
Viu como a Comunicação Não Violenta torna a vida melhor? Então, leia também nosso conteúdo sobre escuta ativa e como desenvolvê-la.
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