Em primeiro lugar o profissional deve fazer um levantamento de qual tem sido sua contribuição à organização em que trabalha. Isso exige uma autoanálise e imparcialidade. Deve também levar em conta os feedbacks recebidos de seu gestor, bem como; sua avaliação por desempenho e competência, seus trabalhos mais recentes, sua iniciativa, espírito de equipe, foco nas relações de cliente interno e externo, nível de colaboração dentro da equipe, colaboração com outras equipes etc.
Quando você contribui dentro e fora da equipe, os demais profissionais da empresa “conspiram” a seu favor. Como isso está acontecendo em seu caso?
Outro aspecto a considerar é qual a política salarial interna da empresa quanto a cargos e salários? Existe? Você tem conhecimento de como funciona? Sabe em qual escala está dentro das faixas salariais praticadas pela empresa? O departamento/área comporta aumento de salário? O gestor tem autonomia para elevar salário? Boa parte das vezes ele não tem autonomia, ainda que quisesse fazer um ajuste salarial. Em outros momentos a empresa está passando por dificuldades etc. o que não permite elevação salarial.
Quanto ao tempo, não existe uma regra, porém devemos considerar alguns aspectos como ideal ao longo de nossa carreira:
Promoção anual; aumento salarial anual mesmo sem promoção; e até mesmo uma transferência de função para atribuições de maior complexidade, tudo isso vai construindo uma condição de merecimento de aumento salarial.
Quanto a regras de etiqueta, vale considerar o que vem ocorrendo no dia a dia das relações com o superior imediato. Qualquer tentativa de criar um ambiente artificial pode “pegar mal” nesse momento. Seja natural. Procure encaixar o assunto em forma de sondagem num primeiro momento, dando a entender suas intenções. A leitura das reações do outro são fundamentais para você prosseguir em suas reivindicações.
Somente após a proposta informal é que deve ser formalizado seu pedido. Detalhe: neste momento esteja preparado para a resposta que pode não ser positiva, e dependendo da maneira como ocorrer, você poderá ser riscado da lista de potenciais para futuro aproveitamento pelo gestor.
Quanto a quantia também não há uma regra. Se o profissional conhece a política de cargos e salários, poderá reivindicar um nível a mais, ou então estabelecer um percentual. Saiba que quanto maior o valor que você pedir, poderá constituir maior grau de dificuldade em ser atendido. Se preciso dar um número, Eu diria 10%; mas cada caso é um caso.
O que fazer quando a resposta for “não”?
No caso de resposta negativa, e dependendo da maneira como você abordou, não lhe restará alternativa, senão pedir demissão. Portanto, esteja preparado. Sempre é importante compreender os motivos do outro para a não concessão, que podem ser: restrições de política interna, momento não adequado, avaliação de competência ou desempenho com gap’s, desinteresse do gestor etc. É nesta hora que o profissional precisa encarar de forma assertiva o resultado de seu intento e o que irá fazer a seguir. Fazer comparações é entrar num campo muito perigoso. Há uma lenda sobre isso para quem pede aumento…
Se a opção for apelar mencionando a questão de aluguel, filhos, escola, transporte, doença na família e dependendo do gestor, o uso desses argumentos poderá constituir em uma tática. Saiba, porém, que só funciona uma vez e ainda que você apelará para o emocional e não para o profissional.
Acima de tudo conheça sua empresa, o potencial de carreira que ela representa para você, faça sua autoanálise e busque feedbacks de pessoas neutras e de seu superior imediato, identifique seus gap’s.
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